Loot boxes e manipulação
“Loot boxes de jogos eletrônicos manipulam consumidores”, defende relatório publicado na União Europeia. Para quem leu isso e não entendeu o conceito, loot boxes são caixas de recompensa que os jogadores podem adquirir por meio de moedas do jogo ou dinheiro real. Só depois de pagar por elas o usuário descobre seu conteúdo. Por isso, muitos associam a prática aos jogos de azar.
O relatório do Conselho do Consumidor Norueguês (NCC) faz afirmações fortes, como “as caixas exploram grupos de consumidores vulneráveis a partir de mecanismos predatórios”. O documento recebeu a subscrição de 20 grupos de defesa de consumidores em 18 países, todos pedindo que os governos tomem medidas por meio de regulamentação. Isso inclui a Organização Europeia do Consumidor, que representa os consumidores na Europa - incluindo os do Reino Unido. [BBC]
O Facebook desativou quatro recursos que usavam a localização em tempo real de seus usuários. A mídia social vai descontinuar funcionalidades como “amigos próximos”, alertas de clima, dentre outros. A decisão supostamente tem a ver com baixo uso das funcionalidades. [G1]
Carteiras de motorista digitais australianas são vulneráveis a ataques para “deface”. Esse tipo de ataque altera o front-end, o aspecto visual das aplicações. Neste caso, o atacante conseguiu alterar informações das carteiras digitais, como foto e nome. Um pesquisador da área de cibersegurança se utilizou do método de força bruta (tentativas de login repetidamente, de maneira automática) para invadir o sistema. O governo garante que os dados pessoais associados às identidades continuam seguros. [The Register]
Guardian lança serviço acessível pela rede Tor. Os leitores podem acessar o jornal em um sistema projetado para promover a privacidade online e oferecer proteção aprimorada contra a vigilância digital. Vale lembrar que o Guardian foi um dos atores decisivos na repercussão global do caso Snowden, o delator da NSA. [Guardian]
Inteligência artificial contra a epidemia de solidão? O governo de Nova York vai doar cerca de 800 robôs para idosos que moram sozinhos. O dispositivo oferece lembretes de medicamentos, sugere atividades físicas e ajuda na conexão dos idosos com familiares e amigos. Os robôs são conhecidos pelo nome ElliQ e foram criados pelo Escritório do Estado de Nova York para o Envelhecimento (NYSOFA), em parceria com a empresa israelense Intuition Robotics. [UOL]
Pesquisadores militares chineses pesquisam mecanismos para desativar satélites da Starlink. Em artigo acadêmico publicado, os pesquisadores afirmam que o governo chinês tem métodos sofisticados para ataques a satélites individuais, mas não a uma rede de satélites distribuídos, caso da Starlink, de Elon Musk. Os pesquisadores afirmam que a existência da rede fragiliza a soberania e segurança nacional chinesa. [MDD]
Google começa a banir projetos que envolvam modelos de inteligência artificial para criação de “deepfakes” na plataforma Colab. Essa plataforma permite que usuários comuns acessem o poder de computação da Google para utilizar a linguagem Python, acelerando o desenvolvimento de projetos de machine learning. [Bleeping Computer]
Stalking online em relacionamentos: um retrato global. Pesquisa mostra que 24% dos entrevistados relataram sofrer perseguição abusiva online e 30% acham que é correto monitorar seu parceiro sem o conhecimento dele. Dados são oferecidos pela Kaspersky. [KPS]
Autoridades francesas demandam que funcionários públicos parem de usar termos de jogos em inglês, como “e-sports” e “streamer”. Segundo o Ministério da Cultura, anglicismos são uma barreira ao entendimento. [BBC]
Suprema Corte dos Estados Unidos impede projeto lei sobre mídias sociais de entrar em vigor. O projeto proíbe que plataformas de mídia social façam moderação de conteúdos baseados em “pontos de vista”. Debate parecido com o que vem se desenrolando no Brasil. [Protocol]
iFood lança moto elétrica para entregadores por R$ 10 mil. A motocicleta, que foi anunciada no início de 2022, pode reduzir os custos em 60% com combustível e até 70% em manutenção, de acordo com a empresa. [Tecmundo]